Resenha – “The Cube: As Faces de Adam” – Diana Burin

“The Cube: As Faces de Adam” é o primeiro livro da série escrita por Diana Burin, e nos transporta para os bastidores do mundo da música e da fama, entrelaçando romance, dor, superação e arte. A narrativa gira em torno de Beatriz Martins, uma jovem bailarina brasileira de origem humilde, e Adam Scott, vocalista da famosa banda de rock britânica The Cube.
Beatriz é apresentada como uma personagem determinada e resiliente. Após receber uma proposta misteriosa para participar de uma espécie de experiência secreta em outro país, ela aceita o desafio sem saber ao certo no que está se metendo. É nesse novo universo que ela conhece Adam, o famoso e enigmático líder da banda. A relação entre os dois é marcada por conflitos intensos, muitas vezes emocionais, e momentos de grande vulnerabilidade.
Adam Scott é um personagem complexo. Por trás da fama, ele carrega traumas profundos, um temperamento explosivo e uma armadura emocional difícil de atravessar. Ao longo do livro, vamos descobrindo suas camadas: da arrogância à fragilidade, da raiva à paixão. Um dos trechos que melhor traduz essa dualidade é:
“Eu não sou o tipo de cara que você deveria amar, Beatriz. Mas, mesmo assim, você está aqui. E isso… isso me quebra.”
Além de Adam, outros membros da banda The Cube ganham destaque e enriquecem a história. Ollie Scott, guitarrista e irmão de Adam, é intenso e muitas vezes inconsequente, enquanto James Scott, o baterista, traz equilíbrio com seu jeito calmo e gentil. A relação entre os irmãos é repleta de tensões não resolvidas, que revelam dramas familiares e mágoas do passado, reforçando o tom emocional da trama.
A escrita de Diana Burin é fluida, visceral e cheia de emoção. Ela consegue transportar o leitor para dentro da cabeça dos personagens com descrições sensíveis e diálogos marcantes. Uma leitora comenta:
“A escrita da Diana é maravilhosa e nos envolve já nos primeiros capítulos. A gente começa a ler e não consegue parar até acabar.”
O livro também explora de forma sensível temas como saúde mental, dependência emocional, traumas familiares e a pressão da fama. Beatriz, ao se envolver com Adam e o universo da banda, não apenas enfrenta obstáculos externos, mas é forçada a mergulhar em si mesma e confrontar seus próprios limites e desejos.
Conclusão
“The Cube: As Faces de Adam” é mais do que uma história de amor: é uma jornada emocional intensa, com personagens bem construídos e uma narrativa que prende do início ao fim. Diana Burin acerta ao misturar o glamour da fama com a realidade crua das dores pessoais. Beatriz e Adam são personagens que marcam e deixam o leitor torcendo por sua redenção.
Para quem gosta de romances contemporâneos com pegada emocional, personagens problemáticos mas apaixonantes, e uma escrita envolvente, este livro é um prato cheio. E com o primeiro volume entregando tanta carga emocional, só resta uma certeza: queremos mais dos bastidores de The Cube.